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quinta-feira

::ESPECIAL ESTÁGIO:: Quanto vale ser aprendiz?

============================ 3ª. Recomendação


Quanto vale ser aprendiz?

Pesquisa mostra quais as vagas de estágio que melhor pagam no Brasil

Apesar de, o objetivo da bolsa auxílio ser para custear os estudos do estagiário, muito se fala sobre o baixo valor oferecido ela maioria das empresas. É claro que isso varia de acordo com a possibilidade de cada uma e do desempenho do aprendiz. Além disso, devemos levar em consideração as diversas áreas de atuação, já que algumas oferecem bons salários, enquanto outras não cobrem nem os custos dos estudos.

Mas, afinal, qual a média de remuneração para aos estudantes de todo o País? Uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), com aproximadamente 15 mil estagiários em todo o Brasil, revelou que a média das remunerações é de R$ 429,94 para o Ensino Médio, R$ 498,37 para o Médio Técnico e R$ 760,78 para o Superior.

O estudo informou que a área de maior remuneração de nível superior é a engenharia. A coordenadora de treinamentos corporativos da Nube, Carmen Alonso, afirma que o fato se deve ao reflexo da atual conjuntura econômica, já que nunca se construiu tantos prédios e nem se produziu e vendeu tantos carros e computadores. Por conta disso, o segmento automobilístico e da construção civil tem demandado grande volume de contratação de estagiários das várias áreas da engenharia, o que fez a bolsa-auxílio destes elevar-se significativamente. A tendência se estende também, para estudantes de ensino médio e médio técnico dos cursos de Mecânica de Precisão, Construção Civil e Edificações.

Carmen informa que outro fato que contribui para este panorama é a absorção dos profissionais de engenharias por áreas “adjacentes”, tais como comercial, finanças e administração, em que a carência por profissionais se torna ainda melhor, “Chegamos ao ponto extremo de fazer hunting (busca por profissionais especializados) para captar alunos dessas e de outras áreas específicas, com remunerações diferenciadas. Os estagiários do curso de administração pública, por exemplo, recebem mais em função da falta de estudantes desse setor no Brasil”, declara.


Nível Superior

Engenharia – R$1.469,00

Administração Pública – R$ 1.114,00

Secretariado-Executivo Trilíngue – R$ 1.051,00

Ciências Econômicas – R$ 1.005,00

Física – R$ 922,00

Tecnologia em Processamento de Dados – R$ 922,00

Comunicação Social – Publicidade e Propaganda com ênfase em Marketing – R$ 909,00

Arquitetura e Urbanismo – R$ 908,00

Química Industrial – R$ 860,00

Matemática – R$ 855,00


Nível Médio Técnico

Mecânica de Precisão – R$ 869,00

Construção Civil – R$ 808,00

Edificações – R$ 661,00

Técnico em Segurança do Trabalho – R$ 593,00

Design de Interiores – R$ 565,00

Eletrotécnica – R$ 516,00

Química – R$ 516,00

Processamento de Dados – R$ 514,00

Telecomunicações – R$ 514,00

Mecatrônica – R$ 488,00

quarta-feira

::ESPECIAL ESTÁGIO:: Não banque o mala sem alça

=================================2° Recomendação


Não banque o mala sem alça

Veja tudo o que você NÂO pode fazer no período de estágio

Com a desculpa de que ganham um salário baixo e que não têm vínculo empregatício algum, muitos estudantes não encaram o estágio com seriedade e profissionalismo. Por´me, o que muitos deles não sabem é que durante o processo poderão aprender tarefas que serão imprescindíveis para a sua trajetória profissional e conhecer pessoas que podem fazer a diferença no futuro.

A consultora de RH da S&L, Flávia Sampaio, adverte que é essencial que o estagiário saiba da importância de seu papel na empresa e desta vivência para sua carreira. Para ela, entender que a oportunidade muitas vezes pode determinar o caminho a ser seguido profissionalmente pode demandar uma postura mais assertiva acerca do estágio. “O que pode comprometer o desenvolvimento e a performance de um estagiário é o nível de comprometimento que este tem com a sua formação e carreira”, pondera.

Mas de quem é a culpa? Da empresa, que não acompanha e nem treina direito, ou do próprio estagiário? Para Flávia, os erros acorrem de ambas as partes: da empresa, quando não tem clareza de como agregar valor ao seu negócios; e do próprio estudante, que não visualiza a oportunidade de se desenvolver, de conhecer mais sobre sua área de atuação e de criar oportunidades futuras. “È importante que a empresa diga claramente ao estagiário o que é esperado de sua performance, que o ajude por meio de feedbacks bem direcionados a entender quais são suas limitações e propor um plano de ação para o seu desenvolvimento”, alerta.

De acordo com a consultora do IDORT/SP, Elisabete Alves, para evitar os erros, o estudante deve considerar a realização do estágio em sua área de formação como um dos caminhos mais apropriados para a obtenção da desejada experi~encia, bem como um dos caminhos mais apropriados para a obtenção da desejada experiência, bem como a possibilidade de efetivação e o desenvolvimento de network, já que irá interagir com diversos profissionais em áreas distintas.

“Ele dese ter a postura de aprendiz, pedir feedback, aprender a trabalhar em equipe, ser curioso e estar disposto a novos conhecimentos”, finaliza.

Erros crassos

*Aceitar uma proposta sem ter pesquisados sobre os objetivos da área e das atividades que desenvolverá

*Acreditar que como estagiário terá menos responsabilidades

*Não demonstrar iniciativa para buscar conhecimentos

*Adotar postura passiva diante da equipe, apenas executando o que é solicitado

*Deixar de manifestar interesse ou afinidade por determinadas atividades

*Esquecer que está em período de desenvolvimento e deixar de aproveitar ao máximo as oportunidades para agregar conhecimentos

*Não estar aberto a receptivo para feedbacks

*Não ter comprometimento

*Não ter capacidade para interagir com as pessoas de forma assertiva e trabalhar em equipe

*Ser inflexível para ver situações de formas diferentes e/ou ainda defender seus pontos de vista com rigidez sem disposição para situações novas

terça-feira

::ESPECIAL ESTÁGIO:: Escraviários

===============================1ª. recomendação



ESCRAVIÁRIOS

Saiba como fugir de empresas que tratam o estagiário como um “faz tudo”

Infelizmente, contratar estagiários como mão de obra barata é uma realidade em muitas empresas. Este fato deve-se, basicamente, a três questões: demanda de estudantes x número de oportunidades x como os estudantes lidam com isso. Ou seja, como o número de estudantes em busca do primeiro estágio é muito maior do que as oportunidades, as empresas sentem-se confortáveis em propor condições que lhes sejam mais viáveis. É o que diz a consultora em seleção e desenvolvimento organizacional da Acalântis Recursos Humanos, Débora Conde.

Diante deste panorama, algumas empresas contratam estagiários para realizarem serviços como servir café ou pagar contas no banco. Não há nenhum demérito em tais tarefas, mas certamente o objetivo do estudante é aprender na prática o conteúdo absorvido na universidade. No começo da carreira, a repórter Patrícia Silva foi contratada como estagiária, por meio do CIEE, por um grande jornal de São Paulo. Na época, o diretor de redação disse que ela ficaria temporariamente na recepção para conhecer o dia a dia dos jornalistas.

A rotina de Patrícia era de secretária e, durante um ano e meio, serviu café, esquentou marmita e cuidou da agenda do diretor e da editora-chefe. Após reivindicar uma vaga ba sua área e não obter retorno, ela comunicou o caso ao CIEE, que prontamente enviou uma pessoa para tentar resolver o assunto, sem sucesso. “A única coisa que a empresa fez foi continuar renovando o meu contrato”, lembra. Quando não suportou mais a situação, ela deu um xeque-mate em seu superior e disse que gostaria de atuar em sua área de qualquer maneira. “Eu não tinha nada a perder e acho que no fundo ele se simpatizava com a minha coragem”. Após quase dois anos de tentativas, finalmente consegui fazer reportagens.

Para evitar “furadas” como as que Patrícia encontrou no início, Débora, de Acalântis, recomenda que o candidato se conscientize de que, mesmo sendo o início de sua carreira, precisa mostrar “de cara” que não aceitará ser passado para trás. “É preciso que o candidato tenha ciência de que uma oportunidade de estágio é tão importante quanto qualquer vaga e que, durante todo o processo seletivo, ele precisa se posicionar de forma madura, determinada e hábil”, alerta.

Fuja das furadas!

  • Se posicione de forma madura, determinada e hábil
  • Antes de uma entrevista, faça o máximo de pesquisas sobre a empresa contratante
  • Tente conhecer a história da companhia, de seus fundadores e líderes. Sua missão, visão e valores
  • Fique atento às informações dadas durante todo o processo, desde o primeiro contato até a efetivação (ou rejeição) do candidato
  • Saiba a melhor hora de deixar “o barco”. E mesmo neste momento, mantenha uma conduta profissional
  • Não é raro alguns estagiários retornarem às antigas empresas depois de um período e, desta vez, já efetivados

segunda-feira

::ESPECIAL ESTÁGIO::




Por Cheyla Pereira

Seis coisas que você precisa saber


Está mais do que comprovado que os estagiários são muito mais do que verdadeiras escolas que instruem na prática o que as instituições de ensino mostram na teoria.

E para quem não leva essa oportunidade a sério, por um motivo ou por outro, uma boa notícia: segundo pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), 50% dos estagiários são efetivados na própria empresa onde estagiam e os estudantes que fizeram atividades monitoradas têm muito mais chance de se colocar no mercado de trabalho.

Por isso, destacamos a importância da prática na carreira dos estagiários que melhor pagam no país.

E por último e não menos importante, retratamos as mudanças que acontecerão na vida dos milhões de estagiários, empresas e instituições de ensino em todo o território nacional com a entrada em vigor da nova Lei do Estágio.

O assunto já divide opiniões e causa reboliço nas pequenas, médias e grandes empresas. Preste atenção nas recomendações dos especialistas em relação à postura que o mercado cobra destes aprendizes e conheça casos de estagiários que passaram por poucas e boas. Inspire-se na força de vontade destes jovens e vá à luta


Fonte: Revista Gestão & Negócios - edição n°26 - caderno Especial Estágio

sexta-feira

Em dúvida sobre mudar ou não de carreira? Vejas as dicas de nossa expert no assunto



Por Redação Marie Claire - Rosana D'Orio

Sou formada em Administração de Empresas, mas estou fora do mercado de trabalho há 11 anos. Como essa área exige muito e paga pouco, penso em começar outra graduação este ano, a de Psicologia, pois acredito que este é um campo em que a idade não pesa tanto. Você acha que estou certa? – Lara Alvez, São Paulo (SP)

Uma nova graduação irá ampliar sua visão de mundo, o que é excelente. Entretanto, requer investimento em tempo e dinheiro. Além disso, a profissão de psicóloga também exige em termos de competitividade e conquista de espaço. E a competitividade não é necessariamente ruim, ela implica em desafios, estímulos e questionamentos que podem ser muito saudáveis.

Evite render-se ou fugir da competição por mera sobrevivência. Procure fazer escolhas que inspirem sua transformação pessoal e que superem a competência do ‘fazer’. Proponha-se o seguinte exercício: reveja sua área administrativa a partir de dois cenários, o restrito e o inexplorado.

O cenário restrito representa os aspectos existentes e conhecidos que você citou. Já o inexplorado tem a ver aspectos ainda não avaliados – as oportunidades. Sua pergunta mostra que você vem focando apenas os cenários de restrições. Independentemente de sua decisão sobre uma nova graduação, concentre-se no panorama geral, e busque sempre por ter mais trabalho e dinheiro, e não emprego e salário.

Mesmo formada em Jornalismo há dois anos e meio, ainda não encontrei trabalho na área. Atualmente atuo em uma editora como secretária de redação, mas não vejo perspectiva de crescimento nessa empresa. Acredito que isso acontece por eu ter iniciado a carreira aos 36 anos. Como posso mudar isso? Quero crescer profissionalmente e atuar na área que escolhi. Por onde começo? - Amália Souza, Rio de Janeiro (RJ)

Este paradigma sobre idade e carreira deve ser derrubado. O que você precisa é ter abertura e motivação para lançar-se ao novo e ter consciência de que está iniciando uma nova carreira como aprendiz. É muito importante começar a se lançar (na sua empresa e fora dela) para construir sua bagagem profissional até que suas competências, aliadas a sua maturidade, te ajudem a destacar-se e dar um salto na carreira.

Para isso, cultive seus canais de informações e contatos. Fale com seus amigos, professores, profissionais da área e frequente palestras, cursos e congressos. De maneira geral, a experiência profissional dentro da área é vista com bons olhos, mas não é determinante no ingresso no mercado de trabalho. A busca se direciona por profissionais que tenham um diferencial a oferecer na hora de trabalhar. Por esse motivo, escrever bem, ter conhecimentos gerais amplos e dominar mais de um idioma favorece sua trajetória.

Lembre-se: diante de mudanças, como no seu caso, o fundamental é ser flexível, aceitar o novo momento, adaptar-se às exigências que se façam necessárias, manter a disposição de se rever, perceber novas óticas e não temer o novo.

Fonte: Marie Claire

Link: http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/1,,EMI220183-17613,00.html

Cinco minutos para uma guinada na carreira



Fernando Scheller - O Estado de S.Paulo

Em eventos e nas redes sociais, é preciso ter a estratégia certa para ampliar o networking[br]com qualidade

Causar uma boa impressão em minutos - algumas vezes, até em segundos - pode ser crucial na carreira de um candidato a cargo executivo. A famosa rede de contatos, ou networking, é vista como uma boa ferramenta para encontrar um emprego ou buscar um parceiro de negócios. A importância de construir relacionamentos é tanta que eventos se dedicam exclusivamente a aproximar profissionais em um curto período do tempo.

Dois institutos de pesquisa - o brasileiro IPT e o alemão Fraunhofer - promoveram nesta semana um evento para aproximar seus pesquisadores da indústria nacional. Participaram do evento executivos de laboratórios farmacêuticos, empresas do setor de óleo e gás e representantes de órgãos do governo. Ao redor de uma mesa, os profissionais discutiram possibilidades de parceria em pequenos grupos e trocaram cartões, prometendo manter contato futuro.

Como a proposta é relativamente nova no País, o evento de "matchmaking" - que tem o objetivo de unir empresas com metas complementares - não transcorreu sem percalços. Embora o evento pregasse explicitamente a troca de informações pessoais, muitos dos presentes deixaram os cartões de visita em casa, sendo obrigados a improvisar pedaços de papel para não perder os contatos recém-adquiridos. Como a discussão se dava em inglês, parte dos presentes acabou ficando de fora dos debates.

Algumas empresas conseguiram transmitir o recado com clareza. Na mesa em que participou, a pesquisadora Marilene Alves, do laboratório EMS, de Hortolândia (SP), disse que a companhia ainda não conseguiu estabelecer cooperação de longo prazo com universidades. "Temos parcerias que se dedicam a problemas específicos", explicou. Da mesma forma, disse que a empresa - conhecida no mercado pelas cópias de remédios consagrados - busca recursos para desenvolver uma tecnologia que amplia o efeito de medicamentos, permitindo reduzir a periodicidade da dosagem. "O que nos interessa é arranjar dinheiro", afirmou.

Truques. Como a maior parte dos eventos empresariais não tem um momento dedicado para o networking, cabe ao profissional saber identificar a oportunidade de construir relacionamento. A hora do intervalo, dizem especialistas, apresenta mais do que uma oportunidade para tomar café de graça. Para a gerente de mercado financeiro da consultoria Robert Half, Ana Carla Guimarães, o foco deve ser menos no eu e mais no outro. "Acho melhor usar um assunto que a pessoa abordou em uma palestra para iniciar a conversa do que ficar falando de mim o tempo todo. É uma forma mais agradável de chamar a atenção."

De acordo com Fábio Padovani, diretor da 2Get, é preciso tomar cuidado para não pecar pelo excesso. "É melhor medir a temperatura do outro lado. É bom mandar um e-mail, mas o contato só deve ser mantido quando houver resposta", afirmou. Padovani defendeu o uso cuidadoso das redes sociais, mas disse que ter perfil do LinkedIn hoje em dia é fundamental. "Os profissionais precisam conhecer os pares de mercado muito bem."

Segundo Carlos Eduardo Altona, da Exec, um profissional precisa saber ser breve também por escrito. "Defendo que um currículo deve ter no máximo três páginas. Recebo 40 currículos por dia e quero saber as informações principais. O cartão pessoal também deve ser direto e sutil."

Como manter contato

Especialistas dizem que não ter cartão pessoal é antiprofissional. Mesmo que a empresa não forneça o cartão, o funcionário deve providenciar uma opção básica, com os seus dados de contato.


Fonte: Estadão .com.br

Link: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110324/not_imp696395,0.php

quinta-feira

Ocupar um cargo menor ao que tinha antes não significa retrocesso na carreira




Infomoney

Para especialistas, dependendo do caso, situação pode até ser positiva, pois mostra que profissional é flexível

Sair de um cargo e passar a ocupar outro menor não é necessariamente um retrocesso na carreira. “Nem sempre é algo negativo. Pode ser uma adequação”, avalia a gerente de Projetos do Grupo Foco, Francilene Araújo. “Os impactos dessa decisão dependerão da empresa e da proposta do novo desafio”, avalia.

Para a consultora em Recursos Humanos do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo Jane Souza, a decisão de recuar um passo na carreira deve ser bem analisada pelo profissional e, em certa medida, pode ser até positiva. “Isso mostra ao mercado que o profissional é flexível e acredita no seu potencial”, considera.


Os motivos da mudança

Nem sempre considerar abraçar um cargo menor hierarquicamente revela certo desespero do profissional que tenta se recolocar no mercado. As especialistas concordam que existem vários fatores que levam os profissionais a aceitarem propostas desse porte.

Entre eles, está a própria necessidade do profissional de mudar e enfrentar novos desafios. “Pode ser uma mudança de uma empresa de pequeno porte para uma de porte maior”, considera Francilene.

Geralmente, um analista sênior em uma empresa pequena pode não conseguir a mesma posição em uma empresa maior. E isso é natural, considera a especialista. “Ele desce um degrau para avançar mais e dar um 'upgrade' dentro da empresa”.

Independentemente dos motivos, as especialistas ressaltam que nessa hora tanto os profissionais como as empresas devem avaliar bem cada caso. “As empresas também precisam entender as razões que levaram esse profissional a se candidatar à vaga”, afirma Jane. “É preciso visualizar toda a situação”, completa.

Francilene explica que em determinados casos, as empresas chegam a recusar a entrada de um profissional mais gabaritado para ocupar uma vaga hierarquicamente menor. “Por isso, é preciso fazer uma avaliação dos dois lados e antes mesmo de o profissional começar a ocupar esse novo cargo”, diz.


Encarando os desafios

“Não é fácil fazer essa transição”, ressalta Jane, do Grupo Soma. “É sempre um momento delicado e é preciso estar preparado”. E quem não estiver com foco e não tiver avaliado as possíveis consequências da mudança pode não conseguir levar a nova situação. Resultado: o desempenho cai e bate aquele desânimo.

“Um ponto que ajuda muito nessa avaliação é o cuidado que se deve ter com ela. Quando está tudo muito bem amarrado, os riscos diminuem. Então, antes de decidir, entenda a empresa, os desafios”, acredita Francilene, do Grupo Foco.

Para além de entender as novas dinâmicas do novo desafio, os profissionais precisam encarar a situação como uma oportunidade de rever a carreira. “Ele precisa perceber que é um momento de superação e avaliação. E, sobretudo, uma oportunidade de crescimento profissional”, considera Jane.


Fonte: Administradores.com

Link: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/ocupar-um-cargo-menor-ao-que-tinha-antes-nao-significa-retrocesso-na-carreira/43597/

E agora, José: mudar pelo dinheiro ou ficar pela carreira?



Por Nelson Moschetti, www.administradores.com.br

Agir pensando apenas no salário é uma visão de curto prazo. A decisão deve estar centrada em uma abordagem estratégica, levantando a pergunta "aonde eu quero chegar"?

A festa de formatura acabou, as luzes se apagaram. Colegas, professores, amigos, familiares, todos foram embora. Sobrou a noite fria da solidão do seu quarto, um canudo universitário na sua mão e pensamentos que lembram Drummond, na sua sábia pergunta "E agora, José? E agora, você?"

A vida de estudante, com alegrias e sacrifícios, ficou para trás. O futuro profissional lhe pertence tanto para as necessidades de sobrevivência quanto para a realização pessoal. José se lembra das conversas que teve com os seus professores e colegas de classe. Em resumo, eles diziam: tudo começa com um bom estágio.

A maioria das empresas sólidas que se preocupam com o desenvolvimento profissional contrata vários estagiários e seleciona os melhores para trainees. Outras, também sólidas, são mais rigorosas no processo seletivo e recrutam estagiários para serem depois efetivados como trainees. Neste caso, a regra é manter o estagiário. Essas companhias entendem que seria uma grande perda não continuar com ele depois de formado, em função do grande investimento efetuado no treinamento em sala de aula e treinamento no trabalho.

A pergunta "E agora, José?" tem pelo menos um princípio de resposta. Seu estágio terminou, você teve ótimas oportunidades de aprendizagem e, verdade seja dita, soube aproveitá-las. E mais, foi convidado para ser efetivado e participar do programa de trainee da Empresa "Alfa". O salário é apenas razoável. Surge o dilema: aceitar ou procurar uma oportunidade salarial melhor no mercado de trabalho?

Novamente José resgatou conversas e experiências de colegas da faculdade. Pensou no Antonio, veterano do mesmo curso e formado há dois anos. Naquela mesma época ele estava muito feliz, pois, além da formatura, tinha conseguido um emprego com um ótimo salário. Meses atrás, no entanto, José o encontrou triste e cabisbaixo. Mesmo com ótimo salário, Antonio, desmotivado confidenciou ao amigo: "Salário não é tudo, pois a empresa não investia em treinamento e desenvolvimento profissional. Pior, não havia perspectiva de crescimento".

Antonio se sentia estagnado. Era como se batesse a cabeça no teto, não havia para onde ir, sobrava a rotina do dia a dia, sempre realizando as mesmas atividades. Não havia na empresa uma política de movimentação horizontal (rodízio de cargos no mesmo nível hierárquico) e eram raríssimas as movimentações verticais (promoções).

O sofrimento do amigo acendeu um alerta. Tomar uma decisão, apenas focando o salário, representa uma visão de curto prazo. A decisão deve estar centrada em uma abordagem estratégica, levantando a pergunta "onde eu quero chegar profissionalmente daqui a cinco anos?". A partir destas reflexões, José resolveu conversar com o gestor dos estagiários e pedir esclarecimentos necessários para uma tomada de decisão eficaz.

O gestor explicou que, além do salário razoável, a empresa oferecia um plano de carreira, sintetizado nas seguintes etapas de ascensão: estagiário, trainee, assistente, sênior, coordenador, gerente. Explicou que, conforme o planejamento de carreira do colaborador, estabelecido consensualmente com a hierarquia da empresa, poderia haver movimentações horizontais. Apresentou também o tempo médio estimado que os colaboradores ficavam em cada um dos cargos, sempre levando em consideração o desempenho profissional esperado.

Disse mais: que o colaborador poderia chegar à alta hierarquia da empresa no cargo de diretor ou até mesmo de sócio, sempre em função do desempenho e resultados alcançados. José aceitou o convite, pois o conjunto da obra apresentava um bom equilíbrio entre carreira e salário, evidenciando que o momento era de investimento na carreira profissional.

Nelson Moschetti - é consultor de Recursos Humanos da Crowe Horwath RCS.

Fonte: Administradores.com

Link: http://administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/e-agora-jose-mudar-pelo-dinheiro-ou-ficar-pela-carreira/42962/

Para 93% dos profissionais, inglês comercial é essencial para obter uma promoção



Infomoney

Segundo o levantamento, nos últimos três anos, a necessidade do uso do inglês regularmente no trabalho aumentou cerca de 7% em todos os mercados do mundo

Pesquisa realizada pela GlobalEnglish Corporation com 26 mil funcionários de empresas multinacionais revelou que 93% dos profissionais disseram que o inglês comercial é necessário ou importante para obter uma promoção.

Percentual semelhante, de 92%, foi observado na resposta daqueles que entendem que o "idioma corporativo" é tão necessário ou importante para o trabalho.

Segundo o levantamento, nos últimos três anos, a necessidade do uso do inglês regularmente no trabalho aumentou cerca de 7% em todos os mercados do mundo.

Em contrapartida, ainda conforme dados apurados pelo estudo, somente 7% dos profissionais entrevistados afirmaram ter um nível de proficiência suficiente na língua.

China, Brasil e México representaram a maior parte dos entrevistados. Embora sejam mercados emergentes, onde a demanda de funcionários qualificados está aumentando, muitos profissionais continuam não tendo a habilidade de inglês para o trabalho nas corporações multinacionais.

Expansão

De acordo com o vice-presidente executivo da GlobalEnglish Corporation, Tom Kahl, 55% dos funcionários das empresas multinacionais indicaram ser necessário usar o inglês diariamente na comunicação interna e externa na companhia.

"Considerando que a maioria das conversas em inglês atualmente é realizada entre duas pessoas cujo idioma nativo não seja o inglês, as empresas internacionais que não estejam aumentando a proficiência do inglês comercial diminuem o nível de performance da organização", afirma o executivo.

A importância da língua inglesa comercial também fica evidente em outra pesquisa, da Towers Watson, chamada Retorno de Investimento de Comunicação.

O resultado é claro: as empresas que possuem comunicadores altamente eficazes têm um retorno total 47% mais alto para os acionistas durante um período de mais de 5 anos.


Fonte: Administradores.com

Link: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/para-93-dos-profissionais-ingles-comercial-e-essencial-para-obter-uma-promocao/43401/

quarta-feira

Adiar a entrada na faculdade para fazer intercâmbio impacta na carreira



Infomoney

Ainda que não tenham iniciado propriamente a carreira, muitos jovens esquecem que as decisões que adotam assim que saem do colégio, de alguma forma, impactam na sua vida profissional

Fazer a escolha profissional certa pode tirar o sono de qualquer jovem em início de carreira. E, quando ele sequer entrou na faculdade ou ainda não decidiu o profissional que quer ser, o cenário fica mais difícil.

Tanto é que muitos preferem adiar algumas decisões para fazer um intercâmbio. Sair do colégio e colocar a mochila nas costas, contudo, envolve muitas questões de planejamento.

Ainda que não tenham iniciado propriamente a carreira, muitos jovens esquecem que as decisões que adotam assim que saem do colégio, de alguma forma, impactam na sua vida profissional. Adiar por um ano ou mais a entrada na faculdade para fazer um intercâmbio também.

Por isso, antes de optar por ficar e estudar ou viajar em um intercâmbio, o estudante deve levar em conta as possíveis vantagens e desvantagens que cada decisão pode gerar. "E isso vai depender muito de como ele vai direcionar a carreira", afirma a gerente de Relacionamento do Grupo Foco, Adriana Cavalcante.

Para a especialista, se o jovem já sabe o caminho que quer seguir profissionalmente, as chances de ele errar adiando a entrada na faculdade ou viajando serão menores. "Nesse cenário, a escolha de ele ir antes da faculdade ou mesmo depois interfere pouco na carreira", avalia Adriana. Contudo, entre os indecisos, decidir por um ou outro caminho faz a diferença.

Priorizar a continuidade dos estudos e privilegiar uma boa formação, na avaliação da gerente de treinamento do Nube, Carmen Alonso, dá algumas garantias ao jovem. "Adiar a entrada na faculdade por um semestre para fazer intercâmbio até vale a pena. Mas quanto menor o tempo desse adiamento, melhor", avalia. A opinião da especialista tem uma razão. "Existe o perigo desse jovem, por falta de maturidade, utilizar esse intercâmbio como turismo. E isso não agrega profissionalmente", alerta.


Maturidade

Se o jovem sai do colégio sem saber o que quer ainda, fazer uma viagem para estudar uma língua já torna o intercâmbio proveitoso profissionalmente e faz diferença no currículo. Se ele tem dúvidas sobre os passos que tem de seguir, o ideal seria aproveitar a viagem para fazer um curso profissionalizante em alguma das áreas que tem interesse. Além de ajudá-lo a decidir, o curso pode já dar um diferencial para a carreira.

"O importante é que essa viagem tem de se tornar uma experiência de reflexão desse jovem", avalia Adriana. E tornar o intercâmbio proveitoso para a carreira agora ou depois da faculdade, para as especialistas, é uma questão de maturidade. "Se, depois dessa viagem, o jovem conseguir desenvolver seus conhecimentos, suas habilidades e atitudes, ótimo", ressalta Carmen. "Os bons resultados dessa viagem para a carreira dependerão de como o jovem encarará essa experiência", completa.

A especialista acredita que aqueles que já sabem a profissão que querem seguir devem prosseguir os estudos, mas não devem descartar o intercâmbio - que podem fazer no meio da faculdade ou mesmo depois. "O intercâmbio ainda é um diferencial na carreira. O maior ganho é a fluência na língua", afirma.

Para além dos ganhos técnicos, um intercâmbio bem feito e focado em alguma formação também ajuda os jovens a desenvolverem facilidade de administrar seu próprio tempo e dinheiro.

Opções

No fim das contas, as especialistas concordam que um intercâmbio ainda é um diferencial no mercado de trabalho. E quem decidiu fazê-lo antes, durante ou depois da graduação encontrará várias opções de roteiros focados em formação que podem dar um "up" no início da carreira.

"Em um intercâmbio, basicamente, os estudantes têm três opções: viagem focada em idioma, em cursos profissionalizantes e graduação", afirma a gerente de cursos da CI (Central de Intercâmbio), Luiza Vianna. Segundo Luiza, o curso de idiomas é o mais procurado até mesmo pela sua abrangência. "Para quem saiu do colégio, esses cursos são bons para quem está sem saber o que fazer", afirma.

Do total de clientes da CI, 67% embarcam em idade universitária, de 17 a 26 anos de idade. Desse percentual, 69% fazem intercâmbio para estudar línguas, 7% para trabalhar durante as férias e 6% viajam para programas de "au pair".

Os cursos profissionalizantes, embora não muito procurados, ajudam ainda mais os jovens no início de carreira que já sabem que área querem seguir. Esses cursos geralmente são voltados para as áreas de moda, cinema, hotelaria, negócios internacionais, marketing e culinária.



Fonte: Administradores.com

Link: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/adiar-a-entrada-na-faculdade-para-fazer-intercambio-impacta-na-carreira/43538/

terça-feira

As profissões do futuro


Por Karla Spotorno

Futuristas das mais diversas áreas apontam alguns empregos que existirão dentro de algumas décadas. Qual você escolhe?

O homem do futuro não terá de escolher entre engenharia e medicina. As profissões indicadas por futurólogos dos Estados Unidos e do Reino Unido revelam uma variedade enorme de novas especializações necessárias no mercado de trabalho.


Técnico em robótica

Em 20 anos, os robôs terão, definitivamente, deixado as empresas e os filmes de ficção científica para entrar na casa das pessoas. Será um profissional com conhecimento variado, passando por engenharia mecânica e elétrica até ciências da computação

Técnico residencial

Como muitas casas passarão a contar com sistemas de controle de temperatura, umidade e luminosidade e outras tecnologias – como minigeradores de energia eólica e monitores de saúde e bem-estar, surgirá o técnico residencial. O profissional estará capacitado para realizar a manutenção dos equipamentos e realizar pequenos consertos

Cirurgiões para memória

Médicos cirurgiões especializados em aumentar a capacidade da memória ou retirar as lembranças ruins das pessoas

Especialistas no espaço

Com o aumento das viagens interplanetárias e a colonização de alguns planetas, novos profissionais passarão a ser necessários. Entre eles estarão:

Astropsicólogos

Eles irão estudar o impacto emocional da temporária ou permanente saída do planeta Terra

Exobotânico e exozoólogo

Biólogos especializados na fauna e na flora de outros planetas e outras galáxias

Astroprofessores

Profissionais especializados em educar crianças e adolescentes que passam a viver fora da Terra

Organizador de comunidades online

Segundo Seth Godin, autor de 12 best-sellers sobre internet e redes sociais, o organizador será o profissional capaz de criar e administrar comunidades para grupos de amigos ou mesmo para empresas. “Será o líder de uma grande organização, mas sem a burocracia e o tédio.”


Escritores de Wiki

A importância da internet como fonte de conhecimento será muito maior no futuro do que já é hoje. Por isso, aumentará exponencialmente o número de wikis e portais comunitários como a Wikipedia. O trabalho de escrever em wikis será profissionalizado e, com isso, surgirão os escritores de wikis

Concierge de escritório

Como o trabalho e os trabalhadores ficará cada vez mais móvel, surgirá o profissional que alugará escritórios de acordo com a necessidade do freelancer. Ele ajudará a definir o espaço necessário, o prazo do aluguel, assim como o layout dos móveis e a configuração tecnológica do espaço.

Fonte: Época Negócios

Link: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI216054-16349,00-AS+PROFISSOES+DO+FUTURO.html

As novas profissões


Por Felipe Morais

O crescimento da web está sendo benéfico para muitas pessoas. Nem só para as empresas que investem nesse novo mercado, mas para a leva de profissionais que está vindo por ai. E não são poucos.

Não é de hoje que o curso de publicidade e propaganda é um dos mais buscados na USP, o que serve de parâmetro para nós do mercado. Tem muita gente querendo vir para o mercado de publicidade, mas será que damos conta dessa nova leva? Espero que sim. Claro que há a ordem natural das coisas, como pessoas que se aposentam ou largam tudo para viver no interior (velho sonho de publicitário), mas o número de pessoas que sai do mercado é muito menor dos formandos de cada ano, ou seja, dos que entram.

Estamos vendo cada vez mais o movimento de pessoas saindo de agências e montando suas próprias agências. Esse movimento não é novo, acontece desde que surgiu a 1ª agência de propaganda no mundo, mas hoje tenho visto ocorrer mais do que nunca, e de empresas especializadas o que é bom para o mercado. Isso abre espaço para esses novos “entrantes” no mercado, mas assim como disse no parágrafo acima, mesmo assim, não há espaço para toda essa mão de obra. Mas como resolver isso? Internet é a resposta!

Quando eu comecei na propaganda, em 2001, como 99% das pessoas que entram no curso (até hoje) eu queria ser um criativo. Como sempre escrevi bem, eu queria ser redator. Tentei ser Diretor de arte, mas sem o menor talento. Redação eu me dava muito melhor. Passei por várias áreas até me apaixonar por planejamento e cá estou até hoje. Fui mídia, tráfego, atendimento, produção e até atuei como produtor de TV. Esse era o leque que eu conhecia. Um dia me apresentaram a uma pessoa em uma agência e ela disse ser “arquiteta de informação”.

Para mim, arquiteto era aquela pessoa que planejava casas e era uma profissão que um dia eu quis ter. Mas não, a web trouxe uma gama de novas especialidades para a construção de projetos digitais, que vão além do site e com isso abriu um leque de opções enorme para novos especialistas. Leque esse que as faculdades ainda não enxergaram e por isso há poucos profissionais qualificados. Os que estão se saindo melhor, são aqueles que estão em cursos de pós graduação em marketing digital, como o da FIT onde dou aula.

Mesmo atuando há 9 anos no mercado de web, ainda hoje eu me surpreendo com essas novas profissões. Não quero de maneira nenhuma falar mal aqui de nenhuma delas, muito pelo o contrário, pois tenho visto como esse pessoal tem feito a diferença em projetos digitais. Quanto mais especialistas, melhor!

Além do arquiteto de informação, tenho visto nas agências o “flashmaker”, “interface”, “motion designer”, “especialista em .Net”,”redator de links patrocinados”, “especialista em SEO”, “especialista em SEM”, “programadores front e back end”, “gerente de projetos”, “analista de projetos”, “gerentes, analistas, coordenadores de e-commerce”, “implementador de Java”, “analista de mídias sociais”, “gerente de comunidade virtual”; isso sem contar com as adaptações do offline para o online, como no meu caso, planner digital, mas também já fui mídia online. Há o diretor de arte online, webwriting – que é o redator para internet, diretor de operações para o digital, atendimento, produção, tráfego. Até redator para Redes Sociais tem ganho importância por ser um cargo específico e com poucos profissionais capazes de fazer o Twitter vender mais Coca-Cola!

Em resumo, se você está no período de pensar em qual faculdade fará ou se já optou e está fazendo publicidade e propaganda, vai aqui uma dica: foque no digital, afinal, como você viu acima, a quantidade de novas profissões é enorme e você vai acabar vendo que o tempo que você passa na frente do computador não será inútil e sim, a sua profissão e que você pode ser um sucesso. Só depende de você se encaixar em uma dessas novas profissões e se dedicar muito.

E ai, vai encarar qual?

Felipe Morais é publicitário, autor, professor, palestrante e blogueiro. Autor do livro: Planejamento Estratégico Digital (Ed Brasport), Autor do Blog do Planejamento. Mediador da 1ª Rede para Planners no Brasil (pedigital.ning.com.)

Fonte: WebContexto

Link: http://www.webcontexto.com.br/marketing/as-novas-profissoes/

segunda-feira

O novo jeito de planejar a carreira - Parte 3

A evolução da carreira

Frases e autores que formaram a visão moderna de carreira



Reestruturação criativa

"A humanidade enfrenta sua mais profunda e criativa reestruturação de todos os tempos. Sem reconhecê-la claramente, estamos engajados em construir uma nova civilização do zero. Este é o significado da Terceira Onda."

Alvin Toffler, sobre o livro ® A Terceira Onda, em 1980


A carreira é ilimitada

"Carreiras sem fronteiras são caminhos que não estão limitados a organizações, mas que crescem por meio de competências baseadas em projetos dentro de uma rede setorial."

Michael Arthur e Denise Rousseau, no livro Carreiras sem Fronteiras, em 1994


O crescimento não é só vertical

"O movimento profissional ocorre em linhas horizontais, laterais e verticais, e as trajetórias profissionais são interações complexas desses movimentos. As pessoas são altamente sensíveis ao tipo de movimento por causa de suas aspirações e autoimagens. "

Edgar Schein, no livro Identidade Profissional, em 1996[140-capa-001-3]


Trabalhadores do conhecimento

"As pessoas que trabalham com conhecimento, os knowledge workers, vão sobreviver às organizações que as contratam. É a primeira vez na História que isso acontece. Hoje você precisa ter muito conhecimento, e muitas vezes ele tem de ser superfocado. "

Peter Drucker, em 2000, sobre o conceito cunhado em 1959


Muitos empregos numa só carreira

"Uma carreira média que seja composta de dez empregos diferentes, em cinco empresas diferentes, de três diferentes ramos de atividade. Empregos que proporcionem extraordinária liberdade de ação aos que têm vigor e ousadia para inventar novos futuros. Um retorno à autoconfiança: ‘Quem cuida disso sou eu!’ "

Tom Peters, em 2003


Independência profissional

"O gerenciamento de trabalhadores do conhecimento deve ser baseado no pressuposto de que a corporação precisa deles mais do que eles precisam dela. Eles sabem que podem sair. Têm mobilidade e autoconfiança".

Peter Drucker, em 2003


Fim do emprego estável

"O emprego estável em grandes empresas já era. A carreira média vai consistir de duas ou três ocupações com meia dúzia ou mais de patrões."

Tom Peters, em Reimagine! – Excelência nos Negócios numa E ®2 ra de Desordem, em 2004


Mudança nas metas de vida

"Está cada vez mais claro que é um erro acreditar que o dinheiro decide tudo. Sim, as pessoas ainda são guiadas pelo interesse próprio, mas não quer dizer que ele seja monetário. Pode ser por reputação, atenção, expressão, respeito, sentido de comunidade."

Chris Anderson, sobre o livro A Cauda Longa, em 2007


Nova definição de sucesso

"Ser bem-sucedido é estar satisfeito com suas conquistas profissionais. Ser capaz de ter um trabalho que seja complexo, que lhe dê certa medida de autonomia e que tenha algum significado para você."

Malcolm Gladwell, sobre o livro Fora de Série, em 2008


Fonte: Revista Você SA

Link: http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/novo-jeito-planejar-carreira-532205.shtml

O novo jeito de planejar a carreira - Parte 2

RASGUE O VELHO PLANO

A ideia do planejamento de carreira de longo prazo está superada. Em seu lugar, entrou uma visão de ciclos de carreira curtos, que acabam cedo, mas projetam o profi ssional para o próximo ciclo. “Não dá para pensar a carreira como uma só, mas é preciso criar condições de autonomia e crescimento para desenvolver o começo, a evolução e o pós-carreira”, diz José Augusto Minarelli, sócio da empresa de recolocação profi ssional Lens & Minarelli. Para funcionar nesse ambiente, o profi ssional deve avaliar constantemente suas possibilidades de atuação hoje e no futuro — e se preparar.

São necessários uma boa dose de autoconhecimento, acompanhamento constante do mercado e ter um olhar mais estratégico sobre sua carreira. É o que faz Gustavo, da McCann. Em oito anos de carreira, ele passou por sete empresas diferentes, todas no ramo publicitário. Passo a passo, foi procurando colecionar experiências variadas. Acabou percorrendo todos as áreas possíveis da profi ssão: trabalhou em anunciante (Tecnisa), em veículo (IG), em consultoria (Predicta) e, por fi m, chegou à agência. Com essas movimentações, Gustavo se fortaleceu profi ssionalmente e se tornou conhecido nesse mercado. “Ele é um profi ssional que investe na carreira, sabe aonde quer chegar e está construindo esse caminho”, diz Romeo Busarello, diretor de marketing da construtora Tecnica, de São Paulo, e ex-chefe de Gustavo.

João Carlos Pastore Chieregati, 27 anos, gerente de relacionamento do Google: ele deixou um setor tradicional para buscar um trabalho com mais autonomia


VOCÊ TRABALHA POR QUÊ?

No ano passado, o professor Antônio Del Maestro, da UFMG, refez uma pesquisa, inicialmente realizada em 2005, sobre a relação entre trabalho e vida pessoal com 1 500 executivos. Na primeira edição, o estudo mostrava que, mesmo com práticas de gestão muito modernas nas organizações, salários altos e acesso a tecnologias de ponta, os profi ssionais estavam cada vez mais insatisfeitos.

Em 2009, o levantamento foi refeito e os dados devem sair neste ano. Mas, de acordo com o professor, já foi possível notar que a preocupação em combinar trabalho e estilo de vida aumentou. “Os profi ssionais estão mais conscientes e preparados para colocar isso em prática”, diz Del Maestro. As próprias empresas começaram a perceber que, para reter os melhores profi ssionais, é necessário oferecer mais que bônus polpudos, uma agenda de treinamentos intensa ou garantia de crescimento rápido. A Natura é um exemplo disso. Para escolher a turma de 35 trainees que ingressaram na companhia no mês passado, a fabricante de cosméticos fez um processo de seleção sem divulgar seu nome. Até um estágio avançado do recrutamento, os candidatos só conheciam a missão e os valores da empresa.

O objetivo era selecionar pessoas que se identifi cassem com eles. Os fi ltros usuais — curso de graduação, nome da faculdade e domínio de idiomas — foram eliminados. O número de inscritos caiu de 40 000 para 12 000. “Queremos que a empresa contribua para a mudança do planeta e, para isso, precisamos de gestores que também tenham esta inquietação”, diz Marcelo Cardoso, vice-presidente de desenvolvimento e sustentabilidade da Natura. “Com este modelo novo de seleção, conseguimos identifi car isso com mais clareza nos candidatos.” Um dos selecionados foi o biólogo Bruno Luiz de Oliveira, de 23 anos.

Apesar da pouca experiência, Bruno já traz na bagagem essa nova maneira de pensar a carreira. Em primeiro lugar, ele escolheu a Natura pelos valores da companhia. Em segundo lugar, o trainee acredita que a Natura oferece a ele a possibilidade de realizar um desafi o pessoal: ajudar a empresa a estreitar o relacionamento com as universidades. “Quero contribuir com o negócio e, de alguma forma, melhorar a vida das pessoas”, diz. A história de Bruno revela ainda uma outra mudança no mercado de trabalho. As empresas passaram a valorizar profi ssionais que antes só tinham espaço no meio acadêmico, como biólogos, físicos e antropólogos.

PENSE POR PROJETO

Desde que o engenheiro Marcelo Vieira de Figueiredo, de 27 anos, começou a trabalhar, em 2007, abrir o próprio negócio sempre foi um objetivo. “Sabia que precisava ganhar experiência e desenvolver algumas habilidades antes disso”, diz. Começou a estagiar na área de trade marketing da Procter & Gamble e menos de um ano depois surgiu a oportunidade de ser contratado e trabalhar com vendas. “Apesar de adorar a empresa, estava desgastado com a rotina de muita viagem e, pelo porte da Procter, não conseguia sentir o efeito do meu trabalho no dia a dia”, lembra. Marcelo começou a buscar nova oportunidade em uma empresa pequena, onde, além das perspectivas de aceleração de carreira, pudesse ver os efeitos de seu trabalho mais imediatamente.

Marcelo Vieira de Figueiredo, 27 anos, consultor da Axia: realização no trabalho por projetos. “Posso tratar de temas diversos, com equipes diferentes e em lugares distintos”


Foi trabalhar na consultoria Axia em junho de 2008 como trainee, virou consultor e já foi promovido uma vez. “Estou realizado porque trabalho por projetos e em cada um deles eu tenho a oportunidade de conhecer um tema novo, com pessoas diferentes e em locais diversos”, diz. A opção de Marcelo por trabalhar por projetos tem sido a de muitos profi ssionais. Entre outras coisas, porque há maior oportunidade de aprendizado. “O processo de terceirização fez com que muitas funções até então desempenhadas dentro das empresas passassem a ser feitas por prestadoras de serviço”, diz Carlos Eduardo Ribeiro Dias, sóciodiretor da consultoria Asap. Com isso, intensifi ca-se a abertura de novas oportunidades profi ssionais. Foi exatamente o que aconteceu com Marcelo.

Quando a companhia enxuga o departamento, ele nasce como negócio terceirizado em outro lugar. O trabalho por projetos é uma realidade cada vez maior também dentro das organizações. “As carreiras hoje são feitas de projetos temporários, e não mais de períodos longos”, alerta José Augusto Minarelli. Por causa disso, fl exibilidade é uma competência cada vez mais importante, já que a necessidade de mudar de função — e até mesmo de lidar bem com a demissão — será mais constante.

Com os mercados conectados, não é uma utopia pensar que você pode deixar a empresa hoje, no fi nal da tarde, tendo um chefe americano e voltar pela manhã com a organização sendo comandada por um chinês. Ok, há um certo exagero na afi rmação, mas não muito, se considerarmos que no ano passado ocorreram mais de 1 000 transações de fusão e aquisição no Brasil, segundo levantamento da consultoria KPMG. Em 2008, foram 663. Quando um negócio desse tipo acontece, todo o organograma corporativo é redesenhado. Ou seja, fazer planos longos dentro da própria empresa é um erro atualmente — e também um exercício inútil —, pois você poderá estar fora da corporação antes do que imagina.

SEJA UM PROFISSIONAL MULTIMERCADO

A necessidade de inovação das empresas fomentou o hábito de trazer profi ssionais de outras áreas para implantar práticas diferentes como saída para se diferenciar no mercado. Com isso, ter sucesso não signifi ca mais seguir carreira em um setor. Na verdade, considerar o mercado em que você está como a única opção pode, até mesmo, restringir seu crescimento. “As empresas buscam profi ssionais que conheçam todas as nuanças do negócio e, portanto, experiências de carreira diferentes são muito bem-vindas”, diz o professor Del Maestro, da UFMG. Além disso, a internet tem gerado novas demandas e novas funções são criadas de tempos em tempos.

Ou seja, não dá para fechar os olhos a essas oportunidades. “Os atuais organogramas das empresas podem não existir amanhã e, portanto, não devem mais ser usados como referência”, diz Alessandra da Costa, diretora de RH da Natura. “Daí a importância de usar como parâmetro seus valores, competências e objetivos”, completa. Foi exatamente esse o raciocínio adotado pelo economista Flávio Giani Ramos, de 36 anos, consultor de gestão de riscos corporativos da Genesys. Desde que começou a pensar nos rumos profi ssionais, ele planejava trabalhar na área fi nanceira, mas em diversas empresas e setores. “Queria ter foco fi nanceiro, com visão ampla de gestão de negócios”, diz. Flávio foi auditor da Arthur Andersen, trabalhou na Motorola, no Grupo C&A, no Citigroup, no banco Fortis (cuja sede era na Holanda) e na Ernst & Young, onde fi cou até maio do ano passado quando saiu para atuar como consultor autônomo para a área fi nanceira. “Meu crescimento na carreira foi baseado em mudar de empresa e setor e assim desenvolver habilidades diferentes”, diz Flávio.

Salário não é tudo A tabela mostra a mudança de interesse dos jovens ao escolher uma empresa nos últimos cinco anos

LIBERDADE VALE MAIS QUE SALÁRIO

Depois de buscar conhecer melhor seus motivadores e mapear as oportunidades do mercado, o administrador paulista João Carlos Pastore Chieregati, de 27 anos, gerente de relacionamento do Google, deixou a carreira no setor de bens de consumo para ter mais autonomia. Ele passou por instituições como a Fundação Estudar, Johnson & Johnson e Procter & Gamble, onde trabalhava com produtos em Caracas, na Venezuela. “Sentia que não tinha muita liberdade para criar ou desenvolver meu trabalho, as coisas vinham meio prontas”, diz.

Depois de dez meses, pediu demissão e voltou ao Brasil. Mesmo assim, continuava insistindo em empresas na mesma linha das anteriores, até fazer um trabalho de autoconhecimento que o fez perceber que precisava de um lugar onde tivesse mais liberdade. Além disso, João Carlos também aprendeu a valorizar movimentos laterais. Ou seja, em vez de criar planos A, B e C, em ordem, passou a olhar toda as oportunidades de forma igual, no mesmo plano.

“Isso me deu mais clareza sobre minhas possibilidades de atuação e fez com que me frustrasse menos, caso uma delas não saísse como planejei”, lembra. Desde 2007, passou a integrar o time do Google, um setor que não via como alternativa até então. “Hoje me sinto realizado por trabalhar com um produto totalmente diferente e, portanto, desafi ador, além de ter uma autonomia maior”, diz João Carlos.

A procura por um local ou estilo de trabalho que proporcione mais independência tem sido um dos fatores de atração principalmente para os mais jovens. A relação com a empresa e com a própria profi ssão é marcada por uma autonomia maior do que no passado, o que proporciona uma abertura maior para as movimentações de carreira. “Por isso as companhias menores têm sido uma opção mais frequente do que no passado, já que são mais enxutas e os profi ssionais se sentem mais consultados”, diz Carlos Eduardo, da empresa de seleção Asap.

MAS NEM TUDO MUDOU

Todas essas transformações já estão ocorrendo, mas não signifi ca que você deve se desesperar e achar que é o fi m dos empregos. Além de essas mudanças variarem de setor para setor, ainda há espaço para quem opta por seguir carreira corporativa em áreas específi cas. O que muda é a forma de encarar o sentido do trabalho para sua vida e de buscar novas oportunidades. Há mercados em que o modelo convencional de fazer carreira ainda prevalece, como no caso do de petróleo e gás, no qual quanto mais tempo de casa e mais especializado for o profi ssional (especialmente em cargos técnicos) melhor para o negócio — e para o crescimento na carreira.

Há outros em que essa nova atitude já é mais clara, como na internet, em que mudanças constantes fazem parte do negócio. “Certamente ainda haverá muitos empregos para quem trabalha com informação e conhecimento”, diz o professor Thomas Malone, do MIT. “Eu acredito que muitos desses profi ssionais terão mais liberdade e fl exibilidade do que os executivos tradicionais”, completa.

Bruno Luiz de Oliveira, 23 anos, trainee da Natura: trocou o trabalho na universidade pela empresa: “Quero ajudar a melhorar a vida do planeta e das pessoas”


O QUE VALE A PENA PLANEJAR?

Mas, afi nal, planejar a carreira ainda faz sentido? Planejar não signifi ca necessariamente colocar o seu passo a passo em uma planilha e mantê- lo rígido. Isso pode ser, até mesmo, uma armadilha. “Não há mais espaço para o planejamento passo a passo na hierarquia das companhias modernas”, diz Pedro Almeida, diretor de recursos humanos da ALL Logística, que tem sede em Curitiba, no Paraná.

Nesse cenário, no lugar de olhar o cargo, é melhor pensar nas experiências que você quer ter para se desenvolver. Se almeja alcançar um cargo específi co, ele pode nem existir mais antes mesmo de você chegar lá. Por outro lado, não dá para deixar as coisas acontecerem sem que você tenha o mínimo controle sobre elas. “Todo mundo precisa ter objetivos claros, que servirão como referência para as decisões relacionadas à carreira”, diz Marcos Vono, diretor de RH e carreiras do Grupo Ibmec, de São Paulo. “Não acredito em quem diz que chegou lá sem o mínimo de planejamento”, diz Marcos.

O ideal é identifi car esses objetivos e listar suas experiências e competências. Feito isso, fi ca mais fácil traçar uma estratégia de médio prazo (cerca de cinco anos) e avaliar se as oportunidades de carreira que vão surgindo levarão você a seus objetivos. “Um erro comum é a pessoa se autorrestringir na hora de tomar uma decisão de carreira, justamente por não ter essas informações claras na cabeça”, diz Joel Dutra, da FIA. Tome cuidado apenas quando o assunto for suas competências.

“Carreira hoje é movimento e, por isso, é preciso aprimorar e desenvolver habilidades o tempo todo”, diz o consultor José Augusto Minarelli. Outra armadilha, segundo o professor Joel Dutra, é a forma de mapear possibilidades. “As pessoas enxergam apenas metade das oportunidades que têm, porque pensam suas carreiras olhando para o retrovisor, e não para a frente”, argumenta. Em outras palavras, em vez de pensar em como você pode encaixar seu trabalho nas oportunidades que existem no mercado, pense em como o mercado pode se encaixar naquilo que você sabe e gosta de fazer — e, se não houver uma forma, talvez seja hora de empreender, dentro ou fora da empresa.

Etapas do planejamento de carreira O passo a passo da construção de um projeto profissional

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“É uma mudança de mentalidade, porque somos acostumados a olhar as oportunidades e esquecemos que podem existir muitas outras que ainda nem foram criadas”, diz. Por isso, é recomendável, pelo menos uma vez por ano, avaliar a sua empregabilidade. Cheque as suas competências e verifi que se os rumos que a carreira está tomando lhe agradam. O mais indicado é ter pessoas que possam ajudar você a fazer isso, porque sozinho é mais complicado. O mentor deve ser um profi ssional experiente, que trabalhe em outra companhia e que não tenha vínculos afetivos muito fortes, para tratar o assunto de forma imparcial. Repassar os objetivos e rever projetos com frequência o ajudará a levar a carreira para o rumo certo para aproveitar todas as oportunidades que o mercado oferece — inclusive aquelas que você pode criar.

O novo jeito de planejar a carreira - Parte 1

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Renata Avediani

As novas tecnologias, a dinâmica acelerada do mercado e a guerra por talentos estão criando oportunidades e mudando a forma de pensar a carreira. Se você ainda não percebeu, está atrasado

O paulista Gustavo Reis, de 28 anos, já trabalhou em sete empresas diferentes desde que se formou em publicidade, em 2003. Passo a passo, ele foi intencionalmente colecionando experiências variadas. Acabou percorrendo, em oito anos, todas as áreas possíveis de sua profi ssão. "Essas experiências valorizaram meu passe", diz. "Não planejei tudo isso de forma estruturada, mas a trajetória que eu trilhei não foi por acaso", completa.

Diretor de mídia da agência de publicidade McCann Erickson, ele poderia estar satisfeito por ocupar uma posição de destaque em uma empresa global. Mas Gustavo pensa em desenvolver atividades diferentes das que ele realiza na McCann. Além do trabalho na agência, ele trilha uma carreira de professor. Já deu aulas na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo.

Parou para fazer mestrado, mas ainda dá aulas em cursos de curta duração. “Para ser um professor bem conceituado lá na frente, sei que preciso ter experiência e ser conhecido no meio”, diz. “Estou me preparando para isso desde já.” Trajetórias como a de Gustavo estão se tornando cada vez mais comuns, principalmente entre os mais jovens que começam a galgar posições de liderança nas empresas.

Se por um lado essas histórias profi ssionais causam certo desconforto (afi nal, são sete empresas em oito anos e Gustavo já é diretor e nem tem 30 anos), elas são emblemáticas, pois materializam o que acadêmicos e pesquisadores do mercado de trabalho vêm afi rmando há três décadas. “O emprego estável, em grandes empresas, já era. A carreira média vai consistir de duas ou três ocupações com meia dúzia ou mais de chefes.” Quem diz é Tom Peters, escritor de livros de gestão e negócios, que vem batendo nessa tecla há 20 anos, sem que a maioria das pessoas lhe dê ouvidos.

O especialista em cultura organizacional Edgar Schein prega que pensar a carreira de forma linear e vertical, de olho na cadeira do presidente, é tão antigo quanto o próprio conceito de organograma. “O movimento [e, poderíamos acrescentar, o crescimento] profi ssional ocorre em linhas horizontais”, defende Schein no livro Identidade Profi ssional, de 1996 — veja bem, há 14 anos. Se alguém duvida que isso acontece hoje, basta olhar os programas considerados modernos da cervejaria AmBev, com sede em São Paulo. Lá, há uma prática comum de os profi ssionais trabalharem em projetos específi cos dentro de áreas distintas. “É importante mudar de projetos e setores para aprender coisas novas, porque as empresas e o mercado mudam o tempo todo”, diz Thiago Porto, gerente de desenvolvimento da empresa.

UMA NOVA LÓGICA

As mudanças pelas quais os profi ssionais e o mercado de trabalho vêm passando subvertem a lógica de que o salário é a coisa mais importante — até mesmo a AmBev, que adota um modelo agressivo de remuneração em troca de dedicação quase que exclusiva ao trabalho, já entendeu isso e há alguns anos está reformulando suas práticas de gestão de pessoas. “Está cada vez mais claro que é um erro acreditar que o dinheiro decide tudo. As pessoas ainda são guiadas pelo interesse próprio, mas não quer dizer que ele seja monetário. Pode ser por reputação, atenção, expressão, respeito, sentido de comunidade”, diz o físico e jornalista inglês Chris Anderson no livro A Cauda Longa, de 2007.

Embora possa chocar, essa nova visão é muito mais uma evolução do que uma revolução. Justamente pelo fato de que todas essas transformações vêm sendo previstas desde os anos 70 do século passado, observa o professor Thomas Malone (leia entrevista com ele na página 36), da escola de negócios Sloan, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), e autor do livro O Futuro dos Empregos (Harvard Business School Press). “A diferença é que essas coisas, agora, estão acontecendo”, diz Thomas na entrevista. Isso faz com que a ideia de crescimento, experiência e sucesso profi ssional não se resuma a salário, diploma e cargo.

Por trás dessa transformação, há fatores como a evolução da tecnologia da informação, o enxugamento das empresas e a terceirização, que deixaram na mão do profi ssional a responsabilidade pela sua qualifi cação. Tudo isso reduziu a previsibilidade da carreira e aumentou a competição no mercado de trabalho, o que obrigou os profi ssionais a se reavaliarem constantemente e a investir em suas carreiras de modo continuado. “Os profi ssionais não vendem mais para as empresas só o seu trabalho, mas seu portfólio de competências”, diz o professor Antônio Del Maestro Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O que existe de mais novo é que a geração de profi ssionais abaixo dos 30 anos já chega com essa mentalidade e traz outras novas questões ao mercado de trabalho. “Os jovens de hoje fi cam em uma empresa pelo projeto que ela oferece, e não pela marca. Por isso eles vestem, sim, a camisa da empresa, mas por cima da sua”, diz a consultora Stella Angerami, sóciadiretora da Counselling by Angerami, empresa de aconselhamento de executivos de São Paulo.

Além disso, novas oportunidades de trabalho surgem constantemente. “Tenho difi culdade de ajudar as pessoas a gerenciar a carreira na empresa, porque muitas das funções que elas ocupam ainda não têm nome ou sofrem alguma alteração com muita frequência”, diz Marcelo Marzola, presidente da Predicta, consultoria que analisa campanhas publicitárias na internet, com sede em São Paulo.

“Com o avanço das tecnologias, muda não só a velocidade com que as coisas acontecem, abrem-se novas possibilidades de atuação e criam-se novos hábitos e novas formas de pensar a relação com o trabalho”, diz o professor Joel Dutra, da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo.

Você já fez o seu planejamento de carreira?



Por Sebastião Luiz de Mello

Quem deseja crescer profissionalmente precisa se planejar. Empresas podem contribuir nesse processo, aliando seus interesses corporativos com as expectativas profissionais do funcionário.

Houve uma época que as pessoas entravam na empresa e, com o passar do tempo, iam alcançando postos mais elevados no emprego, sem muito esforço. Hoje, com as constantes mudanças no cenário econômico, as organizações passaram a exigir dos profissionais mais empenho, estudo e dedicação. Para manter-se competitivo no mercado de trabalho, a recomendação é: fazer planejamento de carreira.


Por meio desse plano, a pessoa terá, em mãos, um roteiro que ela deverá seguir para alcançar uma meta profissional. Não existe uma fórmula pronta, mas quem se planeja tem mais chances de sucesso.


Para começar, o profissional precisa saber onde está e qual o ponto quer chegar na carreira. A partir de então, basta elaborar uma estratégia para alcançar a meta desejada, levando em consideração o perfil pessoal e profissional, projeto de vida e uma análise do mercado. Somado a isso, é importante estar preparado para mudanças e analisar as muitas variáveis envolvidas no processo.


As empresas podem ajudar nesse processo, conciliando as expectativas do profissional com as suas necessidades organizacionais. A gestão de carreira deve ser compartilhada. Por isso, é cada vez maior o número de corporações que oferecem treinamento aos seus colaboradores. Mais do que um simples custo, a medida é considerada um grande investimento, ressaltando que investir no capital humano é considerado, ainda, uma forma de reter talentos.


Há no mercado diversas formas de aprimoramento técnico e comportamental. As oportunidades vão desde os tradicionais programas de especialização, aos mais novos cursos on-line. As empresas podem fazer parcerias com universidades, escolas ou com o próprio Sebrae e SENAC. O importante é o gestor entender que essa é uma prática que traz inovação e aumenta a competitividade da empresa.

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Fonte: Administradores.com

Link: http://administradores.com.br/informe-se/artigos/voce-ja-fez-o-seu-planejamento-de-carreira/53219/

 

PIT

O Pit - Programa de Integração ao Trabalho das Faculdades São José tem como objetivo preparar e integrar o aluno para o mercado de trabalho, transmitir experiência profissional através de palestras, oficinas e workshops, além de captar vagas e supervisionar os estágios, também atua dando orientações e preparando os alunos para processos seletivos de estágios e empregos.